terça-feira, dezembro 14, 2004

Os Putos...

Os Putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
E o céu nu olhar d’um puto

Uma fisga que atira, a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser, criança
Contra a força de um júiz, qu’é bruto

(REFRÃO)
PARECEM BANDOS DE PARDAIS Á SOLTA...
OS PUTOS... OS PUTOS
SÃO COMO ÍNDIOS CAPITÃES DA MALTA
OS PUTOS... OS PUTOS
MAS QUANDO A TARDE CAI, VAI-SE A REVOLTA
SENTAM-SE AO COLO DO PAI É A TERNURA QUE VOLTA
E OUVEM-NO A FALAR DO HOMEM NOVO
SÃO OS PUTOS DESTE POVO A APRENDEREM A SER HOMENS

As caricas brilhando, na mão
A vontade que salta, ao eixo
E um puto que diz, que não
Se a porrada vier, não deixo
Um berlinde abafado, na escola
Um peão na algibeira, sem cor
E um puto que pede, esmola
Porque a fome lhe abafa, a dor

( Refrão x2 )