Escrever por escrever
Por vezes é dificil elaborar um texto que consiga aproximar sensações, sentimentos, imagens e vivências numa forma que sejam o máximo fieis ás mesmas que se passam no meu dia a dia, e por essas mesmas razão, aguarda-se sempre um momento em que se tenha umas palavras mais acertadas e que jorrem duma inspiração que por vezes demora a aparecer. Estes motivos, levam-me a esquecer episódios e aventuras que tenho vivido ao longo destes 3 meses e picos. Dado que hoje achei que não seria nem tarde nem cedo para escrever mais umas palavrinhas para o meu Blog, com ou sem inspiração, vou aproveitar para descrever este Luso disfarçado, por vezes, de carioca na intitulada cidade maravilhosa.
Sem dúvida alguma esta cidade é maravilhosa, e quanto a mim, é necessário viver nela para se compreender, onde reside a sua essência e o seu espiríto. Com esta vivência que tenho tido, só se quer mais, e ter esta idade durante 100 anos e experimentar viver em outras 100 cidades. Dado que tal não é possível, agora digo sem qualquer tipo de arrogância ou de exaltar a minha experiência, que acho bem dificil alguém conseguir encontrar melhor cidade, para se terminar um curso de Engenharia mecânica da melhor faculdade de Engenharia de Portugal, o Instituto Superior Técnico, crescer e poder viver experiências únicas depois de uma longa batalha, que espero que termine (e á de terminar) quando acabar a minha experiência aqui no rio.
Mesmo com o descrédito e desconhecimento das faculdades Brasileiras, que os Europeus têm, só tenho a referir, tal como alguns professores das melhores universidades á volta do mundo, que tive o prazer de conhecer em Porto Alegre, o Brasil é sem dúvida uma agradável surpresa, e qui ça um dia tornar-se uma grande potência. É reconhecido, os enormes e vastos recursos que este país descoberto por Pedro Alvares Cabral, á mais de 500 anos atrás têm, e onde se reconhece uma falha no sistema organizacional e na falta de vontade que os interesses dos “culpados do costume” insistem em retardar a evolução deste país. Porque haveria de ser diferente no Brasil agora que os mais ricos quisessem dar oportunidade aos mais pobres, o mundo é feito de interesses, e compreendemos tal situação, pois lidamos com ela no dia a dia.
Mas como deve ser do senso comum que impera nas nossas cabeças, o Brasil têm do melhor e do pior, mas de politica e de males do mundo, deixarei para uma outra oportunidade e aproveitar para falar do que não me deixa de encantar, o rio de janeiro, cidade, e a sua gente, os cariocas.
Apesar de existir a diferença entre o rico e o pobre, o que realmente sinto é que o carioca, não é definido por bens materiais e não procura exibir uma distinção clara entre classes. A aproximação e a informalidade que se faz sentir no dia a dia, deixa-nos num estado de descontracção, querer viver em Carpe Diem e empolgar a famosa frase: “ A vida são dois dias e o Carnaval são três”.
Compreende-se então esta forma de ser, e esta alegria no dia a dia, deixando para trás os problemas do quotidiano, e enfrentar a vida por vezes madrasta, num clima de que amanhã será melhor e mais vale um sorriso no rosto e logo se vê do que uma preocupação de tal tamanho que se torna dificil de aproveitar as coisas simples da vida. E para mim, só tenho a sublinhar, que realmente as melhores coisas da vida são grátis. Sem dúvida que hoje o dinheiro compra tudo, mas ganhar amigos, ganhar principios e ganhar uma vida, têm bem mais valor que algo “comprado” com bens materiais. Esta convivência e esta relação humana, enaltece o espirito e convida-nos a não esqueçer que estamos cá para viver, aprender com erros e não morrermos com eles. E se me permitem este estado de nirvana, passo a citar as minhas palavras com a vivência que tenho tido: “Viver o mais cedo e intensamente que pudermos viver e morrer o mais tarde e vagorasamente que nos deixarem” Gonçalo Lopes
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