O amanhecer de uma aventura
Com uma hora de sono e várias malas para colocar a caminho, começa a parte que talvez mais pese nas pessoas que gostam de nós, sempre me vou e irá ser hoje. Os últimos conselhos de um pai já saudoso, de uma mãe preocupada e uma irmã incentivadora, resultam no espírito duma família que vê o seu filho mais novo ainda num estado de indiferença e sem perceber bem o que se está a passar. Numa despedida relâmpago, despeço-me do meu pai, de forma a não pesar e de forma a ficar acentuado um até breve,despedimo-nos rapidamente e saudosamente. A despedida da minha irmã resulta duma forma muito mais relaxada, dada a facilidade que a minha irmã se mostrou disponível em dar todas as informações que se passam em Portugal e não ter nenhum problema em me chatear o "cachimbo".
Levo o meu canito, para uma volta de despedida, as últimas festas no meu Ace, que por vezes até parece se aperceber do que se está a passar e se mostra bem carinhoso. Começa-se a colocar as malas para evitar atrasos e é quando chega o companheiro de viagem, de aventura e de partilha da nossa língua materna sem sotaque "apesar de por vezes não perceber o que ele diz"
Faço a despedida a uma mãe que todas as forças tenta não largar nenhuma lágrima e mostrar que foi uma escolha acertada e que assim nada custa. Vários beijos maternos encerram a despedida familiar.
Despeço-me do meu quarto, da minha casa onde vivo á 15 anos, do bairro... A caminho da casa do André brinca-se com a situação,partilhando estes sentimentos e a discutir-se como foi a minha despedida e como será a despedida dele.
O André numa forma máscula e na sua verdadeira postura de "homem não chora" realiza verdadeiras operações de policia especial na sua despedida, entrando, resgatando os reféns e matando ali tudo e todos.
Feitas as despedidas,começamos a pouco e pouco a despedir da nossa cidade, ao chegar ao aeroporto, não se sente nenhum sentimento em particular. Os últimos momentos em Lisboa, servem para nos despedirmos do pai do Bola, e de um amigo do pai do Bola. Na zona da free shop e já á espera de partir, realizam-se os últimos telefonemas e ainda dá tempo para falar e enviar a mensagem aquela pessoa bem especial.
Cumprindo os procedimentos normais de um vôo, entramos então no avião. Acomodamo-nos para a longa viagem pela frente, sem dar conta, ouvimos o nome do comandante e numa rápida descolagem, começamos a subir e a afastar de Lisboa, de Portugal...
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