segunda-feira, outubro 04, 2004

A semana que passou

Dados os parabéns e a descrição de Porto Alegre no estado de Rio Grande do Sul, vou aproveitar para falar então da viagem.
Começar pela minha turma de turbulência da PUC, com o Cláudio, o Júlio, César ( Peruano ) , a Juliane e o Bruno, este último já não pertence á turma e faz parte da equipa de investigação da PUC. De referir é que todos eles ( Brasileiros ) são dos melhores alunos que a PUC têm de Engenharia e o César dos melhores da faculdade dele no Peru. Todos eles são de uma cultura e conhecimentos científicos bem acima da média, e apesar de crominhos são gente bem simpática.
Encontrei-me com o César para dividirmos táxi até ao Aeroporto para vôos nacionais. O César é um castiço, e está bem assente na cara que é peruano, é daquelas pessoas calmas e um pouco tímido. Com o aspecto de andar sempre nas nuvens era engraçado andar a puxar por ele e falar espanhol com ele.
Viajámos através da companhia da TAM, o vôo durou cerca de hora e meia e devido á cabine estar mal pressurizada cheguei a Porto Alegre com uma enorme dor de cabeça.
Á chegada e depois de algumas confusões lá chegámos ao nosso hotel, o arvoredo, onde nos distribuímos três a três pelos quartos, onde fiquei com o Cláudio e o César. Através da “sorte” calhou-me a sala, o quarto tinha tv cabo e sempre deu para ver o meu Benfica e algumas notícias de Portugal através da SIC internacional. À hora que chegámos, umas sete da manhã, o cansaço juntamente com a minha dor de cabeça, faltei ao início da escola. A professora é que não ficou exactamente impressionada comigo, mas depois lá compensei num jantar, mas isso é lá mais para a frente.
Resumindo um pouco, a convenção entre palestras extremamente interessantes a umas de “ Tirem-me daqui “ foi passado na maior parte das vezes a dormir ou então a não perceber que raio estavam os palestrantes a falar. Vários oradores marcaram presença na escola, de nacionalidades como a alemã, francesa, canadiana, Estados Unidos entre outros. Tal como eu, muitos dos professores estrangeiros ficaram surpreendidos com o avanço dos conhecimentos de turbulência e de número de pessoas brsaileiras que fazem a turbulência da sua área de investigação. Desengane-se aquele que julga que o Brasil é um país sem cultura de investigação, antes pelo contrário, a vasta indústria que existe no Brasil, investe e investe bem. Voltando á escola, esta foi sem dúvida um ponto de encontro de alguns melhores em turbulência no mundo. A única pessoa ainda de licenciatura, penso mesmo que tenha sido apenas eu, de resto, entre mestrados, doutorados, projectos e tantas outras coisas, todos eram Engenheiros ou professores. A escola foi dividida em apresentações de trabalhos e palestras, estas últimas eram sempre bem compridas e bastante teóricas, os trabalhos, demonstravam as várias aplicações e pesquisas que são feitas cá no Brasil.
Apesar da escola, ainda tive oportunidade para conhecer as melhores discotecas de porto alegre, o Dado Bier, o qual as pessoas que estavam a participar na escola tinham fácil acesso. E quanto a mim, as pessoas mais bonitas encontram-se no sul do Brasil, já de si, a discoteca estava cheia de frequentadores habituais e também estava a Realizar o Super Model of the World Brasil lá. Entre modelos e não modelos, caras bonitas foram uma constante, com muita música e gente divertida.
De discotecas foi mesmo isto, porque, neste momento está a decorrer uma greve dos bancos no Brasil, e daí que seja complicado de levantar dinheiro e as pessoas acabam por não sair. Fui ainda a um restaurante típico, onde decorreram alguns shows, de Gaúchos e danças da região e com uma simples dedicação á minha professora Ângela Nieckele, lá corrigi as minhas faltas ao início. De Porto Alegre deu mesmo só para ver mais uns shoppings, umas ruas muito pouco interessantes e comprar alguns postais. Apesar de parecer que esta cidade têm pouco para oferecer, a simpatia o convívio com os locais, deixaram-me com uma vontade enorme de voltar.
Entre o convívio com os meus colegas, com os próprios professores que mais pareciam também eles colegas e toda esta relação humana, demonstrou que por vezes os locais têm uma importância secundária.
Fiquei conhecido pelo Portuga e sem excepção toda a gente ficou a conhecer e gostar desta forma de estar bem lusitânia. Nem falei do meu amigo Gaúcho, que apesar de estar a estudar na PUC – Rio, é de Rio Grande do Sul e esteve lá na apresentação de um trabalho, um porreiraço que foi só rir e sempre na brincadeira. Para todos eles um forte abraço, Rio Grande é um espectáculo, espero um dia voltar e assim o penso fazer.